Sobre a paciência no processo de Coaching em Resiliência

“Perder a paciência é perder a batalha” Mahatma Gandhi

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Há algumas semanas finalizei mais um processo de coaching em resiliência em que o principal aspecto trabalhado foi a paciência nos relacionamentos, o controle emocional e o novo olhar sobre tais relações.

O processo de coaching acontece em até doze sessões e parte de um objetivo (compromisso), mas nosso principal enfoque é o desenvolvimento da resiliência do(a) coachee para a vida. Afinal, estar em equilíbrio te permite fazer melhores escolhas.

Confira a seguir o depoimento de M.G.

 

Depoimento M.G.:

Consegui perceber que eu tenho que ter paciência e que isso não é difícil. Afinal, conforme trabalhamos, os problemas têm um possível controle. É possível encontrar a solução se você não estiver em pânico. Gostei também da objetividade do processo. Apesar de ser objetivo, te leva a parar e a pensar no que você vai fazer (tarefas) e te ajuda a mudar. Eu recomendaria até porque é diferente de terapia (que envolve muito tempo): lida com os pontos principais e é a possibilidade de mudança pela observação de si mesmo.

 

Ficou interessado? Então entre em contato comigo e conheça mais sobre esse processo transformador e de fortalecimento interior.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contato: crifmonteiro@gmail.com

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Sobre ter Coragem e Esperança

O balanço do que deve ou não ser realizado depende do peso que cada um coloca na árvore de possibilidades que se abre quando seus olhos enxergam o novo. (Lacan)

 

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Quando fui convidada para escrever para o blog, a primeira coisa que me ocorreu foi me sentir honrada em receber esse convite de uma pessoa tão especial como a Cris. Depois, pensei: escrever sobre o quê? Fiz a mesma pergunta para ela, que logo me respondeu com muito carinho, para que eu escrevesse sobre algo que me intrigasse na clínica, alguém que me chamou atenção, algum tema que mexeu comigo, que estivesse me incomodando.

Ocorreu-me a lembrança de um momento da minha vida em que eu tinha uma importante decisão a tomar. Pensava, conversava com amigos, levava a questão para a minha análise pessoal. E foi então que, numa destas noites pensativas, deparei-me com a questão que queria abordar: o fato de que muitas pessoas têm se enchido de coragem e de esperança para vivenciar seus novos tempos e mudar a história de suas vidas.

Mas para que ou por que temos que ter coragem e esperança? E o que significam essas palavras para cada um de nós?

Penso que são essas as máximas nos momentos mais difíceis da vida. Não é fácil mudar o próprio rumo e não deveria ser vergonha para ninguém ter medo de mudar. Dificuldade, angústia, frio da barriga, desânimo e tristeza são sentimentos normais, os quais todos devemos encarar. E a força para isso vem da coragem, da esperança.

Tomar uma decisão não é fácil, implica num processo de reflexão e avaliação de todas as consequências dos nossos atos. Porém, existe prazer em fazer uma escolha, principalmente se ela vai ao encontro de um desejo profundo. Recordo aqui o pensamento do psicanalista Lacan (1958) ao falar sobre o desejo. Segundo ele, nossos sonhos são da ordem da perfeição, no entanto, nosso desejo, que irá transformá-los em realidade, irá se sustentar nas imperfeições do nosso cotidiano, nos nossos lados capengas, ao aproximar-nos da realidade. E é aí que reside a angústia.

Angústia e medo são, pois, predecessores de qualquer momento incrível. Lembro-me de diversas histórias que ouvi, na clínica e na vida, de pessoas corajosas, que tomaram decisões que mudaram radicalmente seu rumo. Toda escolha tem seu ônus, todo ato, suas consequências. A atitude dos protagonistas dessas histórias sempre me encantou, e a resposta ao questionamento “o que te levou a fazer isso?”, geralmente segue a mesma linha: “era meu sonho, meu maior desejo”.

Já vi pessoas abandonarem suas carreiras, bons salários, casamentos e lares por desejarem algo que seguindo qualquer lógica comum não lhes traria recompensa. A satisfação de cada um, porém, depende de algo muito íntimo, que geralmente foge à compreensão de quem não tenha vivido sua história. E é daí que vem a esperança. Muitas vezes ela não “faz sentido”, mas é a promessa de que se pode voar depois de pular de um penhasco.

Esse texto não tem como motivação dizer que façam isso, que saiam pulando dos penhascos da vida, sem pensar. A ideia aqui é apontar que existe algo dentro de nós, que sabe, que anseia por mudanças, e que essa voz deve sim ter vez nas nossas tomadas de decisão. O desejo não é algo a que nos rendemos. Não existe passividade no viver. O desejo é a possibilidade de escolha: realizar ou não? Decidir o que fazer com o seu próprio destino é o mais puro ato de liberdade, e o que é a liberdade senão a total expressão de coragem e esperança? Afinal, um recomeço nada mais é do que um novo horizonte de possibilidades – e não é que ele não estivesse ali, nós é que não estávamos enxergando.

 

Referência:

Lacan J. – O desejo e sua interpretação – Seminário 1958-1959

 

Autora:

 

Obrigada Mari pela bela reflexão.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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“Que sempre continuemos a nos perguntar e a buscar o sentido da vida”

“Eu ainda me pergunto o porquê de tudo isso e, às vezes, até choro. Minha vida já não era 100%, mas ainda estou à procura dessas respostas” (M.L.)

Depoimento da coachee M.L.:

 

  1. O que lhe levou a buscar o coaching em Resiliência?

Por mais que eu levasse o tratamento com leveza, eu chorava muito, tive vários questionamentos e quis tratar a doença. A gente ouve muito que “o câncer de mama significa isso e aquilo, alguma questão mal resolvida”. Eu procurei por causa disso, porque eu não tinha uma resposta, para ter segurança e para ter respostas. Agora, eu quero viver a situação de trabalho para verificar se realmente foi efetivo.

 

  1. Como foi para você a estrutura do coaching em Resiliência: assesment, material, organização das sessões?

Fomos disciplinadas. Tivemos empatia (coach e coachee), senão, eu não me abriria. O material me ajudou porque eu não sabia, não tinha a dimensão de tudo isso: o gráfico ajuda a gente a direcionar mesmo para a resiliência, algo mais profundo.

 

  1. Comente suas principais conquistas no decorrer deste processo.

Falar foi muito mais importante, relembrar algumas coisas, a proximidade da minha irmã. Se eu aprendi a ser resiliente ou não, as coisas têm que ir acontecendo para eu saber mais para frente. Sei que amadureci com esse processo.

 

  1. Você recomendaria esse processo para alguém? Por quê?

Sim, já tenho duas amigas. Está sendo bom para mim, tanto que eu quero continuar (com terapia). Essa pergunta interna eu não tenho respostas, mas a gente tem que responder para a gente mesmo e deixar a vida mais leve.

 

  1. Para você hoje estar resiliente é…?

Estar equilibrada, fazer as coisas com segurança, um amadurecimento nas situações. Respostas que eu quero eu acho que vou ter. Eu ainda me pergunto o porquê de tudo isso e, às vezes, até choro. Minha vida já não era 100%, mas ainda estou à procura dessas respostas.

 

Agradeço a disponibilidade e determinação dessa coachee nesse processo. Desejo que esta experiência de sucesso sirva de exemplo para que outras mulheres do Quimioterapia e Beleza também se beneficiem deste trabalho voluntário e terapêutico que estamos desenvolvendo.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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VISAGISMO

Por Ana Cristina Mancussi

 

“Não existe mulher sem beleza, somente belezas que não foram reveladas. 

Cada rosto é único.” Aubray

 

Que mensagens deseja passar pela sua imagem?

O que deseja expressar e comunicar?

Quem é você?

São as questões básicas para os profissionais de imagem e fundamentais para o cliente que deseja lapidar a sua imagem. Na verdade, lapidar a sua identidade, personalidade expressa pelas linhas do rosto, gestual, cabelos, maquiagem, vestimentas e estilo de vida.

 

O que é o visagismo?

O visagismo é um método estruturado, conceitual, cuja finalidade é, por meio da linguagem visual, analisar e criar uma imagem pessoal, customizada, particularizada e coerente com a identidade do indivíduo.

Trata-se de um processo criativo de abordagem, sem regras pré-estabelecidas ou fórmulas, mas fundamentalmente conceitos oriundos de diversas ciências como a Antropologia, Psicologia, Artes e Anatomia. Referências como a de Jung e as da Antroposofia, também formam os pilares ou estruturas de saber do visagismo.

 

Um pouco da história do visagismo

Segundo Philip Hallawell*, o termo visagismo (visagisme) foi criado pelo maquiador e cabelereiro francês Fernand Aubray. Palavra derivada do termo visage, rosto em francês, o visagismo se mostra como um conceito e não meramente uma técnica.

Aubray em 1937 introduziu estilos personalizados tanto na maquiagem como na arrumação dos cabelos. Valorizar a personalidade e as características de cada uma das clientes era a finalidade do seu trabalho. Ainda, por meio das fotos deixadas por Aubray, Hallawell* enfatiza que ele combateu a uniformização da imagem, os padrões de beleza e as imposições de moda e tendências.

O visagismo vem sendo desenvolvido por consultoras de imagem, maquiadores, artistas plásticos, cabelereiros, esteticistas, dentistas, nas artes cinematográficas, cirurgiões plásticos, ou seja, profissionais que atuam junto às pessoas na promoção da imagem pessoal para o dia a dia, na profissão ou até pontualmente para um evento ou mesmo um trabalho pontual.

 

Meu trabalho como consultora de imagem e visagista

A saber, o visagismo atualmente* – na minha formação como consultora de imagem, visagista e na customização de vestimentas – apoia-se em sistemas de classificação de temperamentos, principalmente o grego, do médico Hipócrates. São temperamentos, ou características de personalidade e identidade, classificados em quatro tipos básicos: sanguíneo, melancólico, colérico e fleumático.

A consultoria de visagismo é sigilosa, discreta, compartilhada entre o visagista e o cliente, na busca por compreender a pessoa, suas características, modo de ser e de viver. Ela é realizada mediante a necessidade particular de uma pessoa, homem ou mulher, adultos e idosos, crianças e adolescentes, estes últimos, sobretudo, por demanda escolar ou educacional e familiar. Estilo de vida, atividades e hábitos diários, ocupação, profissão e o desejo ou a necessidade do cliente por ajustar sua imagem pessoal, são relevantes para o bom resultado nesse processo, o que implica em revelar a imagem que valorize as características positivas dos temperamentos, personalidade e amenizar as características vulneráveis. A melhor imagem, a própria.

É importante ressaltar que a consultoria de visagismo  extrapola um atendimento único e somente estético. Tocar a imagem de uma pessoa requer por parte do profissional estabelecimento de vínculo de confiança e uma estrutura de conhecimento e saberes que dão suporte à consultoria, além de uma comunicação eficiente. A análise das formas, funções, linhas do rosto, coloração pessoal, além da comunicação verbal e não-verbal são as ferramentas do visagista no atendimento ao cliente, de modo a possibilitar a criação de uma imagem pessoal coerente, condizente com a personalidade e a autoimagem, e poder ajudar o cliente a definir o que deseja expressar. O rosto, por exemplo, expressa a nossa identidade, o nosso ser, nosso bem-estar.

Que possamos promover harmonia e bem-estar, aliados à estética e à própria beleza que se revela no seu esplendor e plenitude. Isso vai muito além de, somente, indicar um tipo de corte de cabelo, de uso de cores nas roupas e maquiagem, uma peça diferenciada e customizada seja de roupa ou acessório. A finalidade desse trabalho é, portanto, revelar a melhor imagem pessoal.

 

Referências:

Referência base do texto*

HALLAWELL, Philip. Visagismo integrado – identidade, estilo e beleza. 2a ed. São Paulo: Editora SENAC, 2010.

 

Leituras recomendadas além da referência base

HALLAWELL, Philip. Visagismo – harmonia e estética. 6a ed. São Paulo: Editora SENAC, 2010.

FAÇANHA, Astrid, e MESQUITA, Cristiane. Styling e criação de imagem de moda. São Paulo: Editora SENAC, 2012.

JUNG, Carl. O espírito na arte e ciência. Petrópolis: Vozes, 1985.

JUNG, Carl. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.

 

Agradecimento

À Cristina Monteiro pelas tantas conversas, trocas e pela oportunidade expressa neste convite!

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Eu que agradeço à Ana Cris pelo belo trabalho.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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Depoimento de novas vitórias frente ao câncer

“A doença veio como oportunidade de resgatar, retomar a mim mesmo e exigir respeito dos outros.” (J.C.)

 

É com muita satisfação que encerrei mais um ciclo de coaching em resiliência com uma coachee do site Quimioterapia e Beleza. Quantas conquistas, quantas vitórias! Abaixo segue seu depoimento.

 

Depoimento da coachee J.C:

 

  1. O que lhe levou a buscar o coaching em Resiliência?
    Após o início do tratamento do câncer de mama, estava com muita insegurança e sem motivação para enfrentar a vida.

 

  1. Como foi para você a estrutura do coaching em Resiliência: assesment, material, organização das sessões?

Achei ótimo. Sou metódica. O material é muito bom. O questionário parece simples, mas me ajudou muito a me ver a partir do meu perfil.

 

  1. Comente suas principais conquistas no decorrer deste processo.

A criação de frases motivadoras (crenças ressignificadas) mostram que você é capaz.

 

  1. Você recomendaria esse processo para alguém? Por quê?

Eu recomendo com certeza, mas sei que todo mundo tem seu tempo. Por exemplo, a fase da Quimioterapia vermelha é mais forte, você não consegue nem pensar.

 

  1. Para você hoje estar resiliente é…?

Acreditar que sou capaz de resolver meus problemas da vida.

Tenho outra visão da vida hoje, com otimismo. Descobri que o amor ao próximo me faz me sentir útil. Hoje eu posso ajudar outras pessoas. Quero ser voluntária em uma ONG.

Vivo uma felicidade muito grande em saber que sou capaz e de não deixar mais as pessoas me derrubarem. Eu não preciso mais disso, já sofri demais. O mínimo que eu quero é respeito.

No meio daquela dor eu fui buscar saída, o suficiente para não deixar os outros me magoarem. Tem hora que você precisa ficar no seu espaço. Se acontecer uma recidiva hoje estou bem mais forte. Hoje lido com a morte como algo real e não como uma sombra que me acompanhava. Eu vou tentar fazer a minha parte.

A doença veio como oportunidade de resgatar, retomar a mim mesmo e exigir respeito dos outros.

 

otimismo

 

Agradeço a disponibilidade e determinação dessa coachee neste processo. Desejo que esta experiência de sucesso sirva de exemplo para que outras mulheres do Quimioterapia e Beleza também se beneficiem deste trabalho voluntário e terapêutico que estamos desenvolvendo.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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Mindfulness: encontrando o equilíbrio num mundo imparável

Business-Man
O que acho de mais precioso quando se trata de mindfulness é o fato de lembrarmos da importância de sermos gentis com nós mesmos e com nosso corpo. Ao explorarmos essa nova relação por meio da experiência de estar presente, tomamos consciência e podemos fazer novas escolhas, mais sábias e saudáveis.

Relação entre mindfulness e a escala de resiliência

“Existe um ‘limite fraco’, em que o corpo começa a sentir certa intensidade. Depois, existe um ‘limite forte’, quando o corpo chega ao máximo possível durante um movimento. O ideal é ficar um pouco mais perto do limite fraco, encontrando o meio-termo entre se esforçar demais e não fazer esforço algum.” (WILLIAMS, p. 104)
Tal descrição refere-se ao ponto de equilíbrio que buscamos no processo de coaching em resiliência, onde estamos o mais distante possível de nossa vulnerabilidade e encontramos a nossa força, por estarmos mais próximos daquilo que podemos chamar de “presença”.

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A importância dos nossos limites

“Em vez de julgar seus novos limites, explore-os e aceite-os. Afinal, eles estão fornecendo a matéria-prima para você expandir sua consciência.” (WILLIAMS, p. 104)

Uma outra relação que estabeleço entre esses dois processos – coaching em resiliência e mindfulness – é que ambos devem ser vividos como “processos” e não como “produtos” (apenas com foco em resultados). Nesse sentido, reconhecer seus limites e erros são parte do processo e matéria-prima para o mesmo, o que vai na contramão do perfeccionismo abordado pela nossa sociedade.

 

Meu próximo workshop: Mindfulness (26.08)

Daqui a alguns dias, no sábado do dia 26/09, irei ministrar um workshop sobre Mindfulness. A seguir, algumas informações.
     Programação:
Este curso visa repensar a relação corpo e mente no intuito de livrar-se de padrões mentais de stress e ansiedade, trazendo uma sensação oposta ao tumulto e à sobrecarga que vivemos atualmente.

     Horário: 09:00 às 13:00h.

     Local: Rua Tupi, 118 1º andar – Santa Cecília – São Paulo/SP.

     Investimento: R$ 200,00 (10% de desconto para inscrições até o dia 23/08, valor 180,00 reais podendo ser pago em duas vezes no boleto bancário).

     Clientes JGA Assessoria Contábil: R$ 100,00.

     Forma de pagamento: Depósito bancário ou boleto (parcelado em até 2 vezes).

     Incluso: Material didático, material de apoio, certificado, welcome coffee e coffee break.

     Conteúdo do Treinamento:
Exposição dialogada e práticas de programa de mindfulness, como uma ferramenta eficiente para novas atitudes tais como:

  • Desprender-se de lamentações e focar atenção na ação;
  • Prevenir e fortalecer impactos na saúde mental e física;
  • Melhoria nas relações no trabalho, ao repensar a integração e sintonia entre mente-corpo-ambiente;
  • Melhoria no relacionamento, ao administrar com eficácia as emoções, adotando uma postura não-impulsiva a situação de stress.

    Instrutora: Cristina Monteiro – Psicóloga (PUC-SP) CRP 06/89206, Psicopedagoga (Instituto Sedes Sapientiae), Orientadora Profissional (Colmeia) e Coach em Resiliência pela Sociedade Brasileira de Resiliência. Pratica Mindfulness há seis anos. Há dez anos trabalha com palestras e treinamentos para o desenvolvimento de pessoas e empresas a partir da apredizagem de adultos (Andragogia) e há três anos, por meio da sua empresa Ponto de Palestras e Treinamentos. Atende na clínica em psicoterapia, coaching, orientação profissional e treino em resiliência. Blog www.resilienciaevida.wordpress.com

Faça sua inscrição e garanta sua vaga! 
Contato: Fernanda Mendes, (11) 3666-3903 | 3663-1206, treinamentos@jga.com.br

Referências:

WILLIAMS, Mark e PENMAN, Danny. Atenção Plena. trad. Ivo Korytowski. Rio de Janeiro: Sextante, 2015.

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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A importância do olhar do outro nas nossas conquistas

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Outro dia estava escrevendo um artigo científico e simplesmente empaquei, como é de costume com muitas pessoas que tem que escrever algo. Fiquei vários dias com a sensação de que não conseguiria retomar aquele artigo. Até que consegui falar com a professora que me solicitou o artigo e pedi que ela o pesse e me desse uma opinião a respeito. Ela leu, disse que estava muito bom, coerente, só precisavam algumas pequenas correções. Então, resgatei em mim a minha potência e finalizei o artigo em poucas horas.

 

O que essa história nos diz?

Muitas vezes ficamos parados esperando alguém que nos impulsione, que nos diga: “Vai, você está no caminho certo. Continue”! E aí conseguimos continuar. Isso não é algo que depende apenas de autoconfiança, mas reflete como nos fazemos pelo olhar do outro, que nos dá referências e nos orienta e que nos é necessário mesmo na fase adulta.

Este fato me lembro o filme “Forrest Gump” em que o personagem principal ao lembrar-se de uma referência importante, conseguia manter o foco e continuar a perseguir seus objetivos.

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E, embora na fase adulta, nós ainda tenhamos a pressão de sermos autossuficientes, acredito na importância de reconhecermos quando precisamos deste olhar do outro, que nos autoriza a prosseguir.

No grupo de carreira que realizei com Marisa Abujamra no ano passado tratamos exatamente desta questão da vida adulta enquanto um momento bastante solitário e exigente, que nos leva muitas vezes ao esgotamento como trabalho (burnout) ou nos relacionamentos (casamentos).

 

Coaching e a autorização da autonomia na fase adulta

Nos processos de coaching, muitas vezes o que fazemos é a facilitação dos caminhos, revendo crenças e ressignificando-as, prestando apoio e suporte ao coachee. Ao fazermos isso, reconsideramos o lugar da autoridade para aquela pessoa e, em seu lugar, colocamos uma nova figura de autoridade, o coach, que irá lhe possibilitar a chance de reviver situações sob uma condição mais favorável.

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Reconhecer que nem sempre a figura de autoridade internalizada está nos dando apoio e força para vencermos e solicitar uma nova relação pode ser o passo necessário para o cumprimento dos seus objetivos e a concretização de sonhos.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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Identificando a Resiliência em Gestores de Pessoas

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Traçarei aqui um comentário a partir da análise do link feita pela Sociedade Brasileira de Resiliência (SOBRARE) a respeito da aplicação de uma pesquisa em gestores para verificar seus níveis de resiliência e vulnerabilidade, realizada por Marcelo Barragan.

Resgatando a escala de resiliência:

 

  • Padrões Comportamentais de Passividade: caracterizados pelo comportamento emocional de pessimismo e submissão ou aceitação do indivíduo frente aos impactos do estresse.
  • Padrões Comportamentais de Excelência: demonstram a existência de equilíbrio entre os padrões de comportamento de passividade e impulsividade, o mais distante do comportamento de vulnerabilidade em relação ao estresse.
  • Padrões Comportamentais de Intolerância: caracterizados pelo comportamento emocional de hostilidade frente às adversidades. Demonstra que a pessoa apresenta nervosismo, ansiedade e raiva no enfrentamento do estresse.

 

O que destaco a partir desta pesquisa:

Dos oito modelos de crença que foram analisados, três deles se destacam em relação à escala de resiliência para os gestores:

 

  • Empatia – maior índice de resiliência. “Capacidade de se colocar no lugar dos outros, de entender a situação pela ótica do outro, de auxiliar no atendimento da necessidade do outro, de obter o engajamento das pessoas, a conectividade e a reciprocidade entre as pessoas” (BARRAGAN).

 

  • Leitura Corporal – baixa resiliência e alta passividade. “Capacidade de identificar as próprias reações físicas e mentais e preparar-se para enfrentar as adversidades” (BARRAGAN).

 

  • Autocontrole – baixa resiliência e alta intolerância. “Envolve a capacidade de se controlar emocionalmente diante do novo e consiste em amadurecer no comportamento, visto que será este comportamento o percebido por outras pessoas” (BARRAGAN).

 

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Os gestores desta pesquisa mostraram-se, de modo geral, resilientes.

Interessante notar que a variável que mais os ajuda nesse processo de resiliência é a Empatia – eu em relação ao outro – e as que mais os perturbam são as variáveis relacionadas a crenças consigo mesmo (leitura corporal e autocontrole).

Além desta variável, as variáveis em relação ao meio e à vida também mostraram-se como potenciais de auxílio à condição de resiliência: Análise de Contexto e Sentido de Vida. O primeiro deles considera a capacidade de identificar o ambiente, os riscos, os fatores de proteção, os conflitos, as necessidades e as causas das adversidades. Já o Sentido de Vida se evidenciou com destaque como mais próximo da resiliência, o que pode estar atrelado a um propósito em relação ao cargo de chefia e liderança, visando a autorrealização e a obtenção de resultados positivos.

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Vale destacar que em relação a esses dois últimos modelos de crenças (Leitura Corporal e Autocontrole), a vulnerabilidade encontra-se em sentido inverso: enquanto temos a alta passividade em relação à percepção do corpo frente ao stress, temos a alta intolerância em relação ao autocontrole emocional. O que podemos concluir que, como reflexo, o corpo, não usado como ferramenta em relação ao stress, fica sendo refém das emoções.

Portanto, verificamos novamente que a resiliência é devido a um conjunto de fatores (indivíduo em relação a ele mesmo, ao grupo, ao meio e à vida).

 

Referências:

 

BARRAGAN, Marcelo. Resiliência em gestão de pessoas: identificando o perfil de
resiliência de gestores a partir da aplicação da pesquisa
quest_resiliência. Disponível em: <http://sobrare.com.br/Uploads/20161014_artigo_resilincia_em_gesto_de_pessoas_-_marcelo_rodrigues_barragan.pdf.&gt;, acesso em 04.08.2017.

 

SOBRARE. Resiliência e Gestão de Pessoas: Identificando a Resiliência de Gestores. Disponível em: <http://sobrare.com.br/resiliencia-e-gestao-de-pessoas/?utm_campaign=novo_post_no_blog_proj-pesq_-_gestores_resilientes&utm_medium=email&utm_source=RD+Station&gt;, acesso em 04.08.2017.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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A importância do mindfulness no resgate da autonomia

Mindfulness

Estou escrevendo um artigo científico sobre a prática do mindfulness e o resgate da autonomia (do grego auto = próprio, nomos = norma, regra, lei) e significa autogoverno, governar-se a si próprio. Assim como Sócrates nos trouxe a questão filosófica grega em que a capacidade do educando de buscar resposta às suas próprias perguntas é que faz dele autor de si mesmo e de sua história, senhor de si.

Estamos mergulhados em uma centena de possibilidades atualmente. Tantas possibilidades que nos sentimos impotentes diante de nossos desejos e fragilizados em nossa capacidade de escolha. Nossa mente dificilmente ficará tranquila diante de tantos estímulos e a sensação de estar preenchido e satisfeito parece quase não existir. É um preenchimento constante que, paradoxalmente, nos esvazia de nós mesmos.

As práticas de mindfulness, ou atenção plena, permite-nos redescobrir a paz e o contentamento das diversas fontes profundas de tranquilidade que existem dentro de nós, mas que, por estarmos confusos, ficamos impossibilitados de reconhecê-las. Tais práticas acalmam nossa mente como uma água turva que, ao deixarmos parada, deixa aquietar em seu fundo os resíduos e podemos, finalmente, reconhecer a sua transparência e clareza.

Resgate do autocontrole e da possibilidade de fazer escolhas

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“Em essência, a atenção plena permite que você capte os padrões dos pensamentos negativos antes que eles o lancem em uma espiral descendente. Esse é o início do processo para retomar o controle de sua vida” (WILLIAMS, p. 13)

Ao resgatar o comando de si mesmo, o autocontrole emocional, conseguimos ampliar a noção que temos de nossa mente e de nós mesmos: conseguimos reconhecer que a nossa mente além de ser analítica (processo de produção de pensamentos, julgamentos, planejamento e busca por lembranças antigas para encontrar soluções) ela é também consciente (temos consciência de que pensamos).

Esse aspecto consciente é que nos permite fazer escolhas. No entanto, se estivermos vivendo em situações de emergência ou muito estresse, acabamos nos identificando tanto com os nossos pensamentos que acabamos por não conseguir escolher se queremos segui-lo ou não, acreditar nele ou não, simplesmente seguimos e acreditamos como se estivéssemos hipnotizados por nossa mente. E, assim, vivemos em espirais descendentes, verdadeiras areias movediças de pensametnos negativos, sem nos darmos conta de que, por estarmos identificados com nosso estado mental, não conseguimos enxergá-lo desta forma: como um “estado” e nos tornamos o próprio “estado mental”.

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Agora que percebemos e reconhecemos nossos pensamentos e sentimentos, cabe a nós escolhermos nosso caminho e caminhar. Isso sim é viver um vida plena e realizada.

 

Referências:

FLEURY-TEIXEIRA, Paulo et al . Autonomia como categoria central no conceito de promoção de saúde. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro ,  v. 13, supl. 2, p. 2115-2122,  Dec.  2008 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000900016&lng=en&nrm=iso&gt;. access on  27  July  2017.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000900016.

 

VALLE, TGM., org. Aprendizagem e desenvolvimento humano: avaliações e intervenções [online]. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 222 p. ISBN 978-85-98605-99-9. Available from SciELO Books .

 

WILLIAMS, Mark e PENMAN, Danny. Atenção Plena. trad. Ivo Korytowski. Rio de Janeiro: Sextante, 2015.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contato: crifmonteiro@gmail.com

 

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Saiba como foi meu último coaching em resiliência – Quimioterapia e Beleza & SOBRARE

Neste último coaching em resiliência (SOBRARE) em parceria com o site Quimioterapia e Beleza – trabalho voluntário que fazemos com as mulheres do site Quimioterapia e Beleza – tive o privilégio de conhecer a verdadeira força das mulheres.

Junto à coachee R.S., nosso processo trabalhou a culpa, o perdão e o ato de transformar a culpa em arrependimento sem culpa. Um processo muito bonito e eficiente, com lembranças positivas, atitudes regeneradoras e uma grande força para a vida.

Dentre os Modelos de Crenças Determinantes (MCDs) trabalhados, tivemos:

  • Leitura Corporal: capacidade de perceber-se e organizar-se no sistema nervoso/muscular, de modo a saber lidar com reações somáticas em situações de tensão.
  • Otimismo para a Vida: capacidade de enxergar a vida com esperança, alegria e sonhos, mesmo quando o poder de decisão está fora de suas mãos.
  • Autoconfiança: capacidade de ter convicção, de ser eficaz e sentir-se seguro nas ações propostas.
  • Sentido da Vida*: capacidade de entendimento de um propósito maior, promovendo um enriquecimento do valor da vida, fortalecendo e capacitando o instinto de autopreservação.

* O Sentido de Vida será comum a todas as participantes.

 

Saiba um pouco mais deste processo

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A coachee apresentou um quadro resiliente ao responder ao Quest_Resiliência, mas foi interessante reconhecer que aspectos seus ainda precisavam de atenção para se tornar ainda mais fortalecida e flexível para a vida.

Devido à sua disponibilidade, foi possível entrar em contato e acessar conteúdos, trabalhando-os de forma pontual e terapêutica. Acredito, inclusive, que a boa relação entre coach e coachee proporcionou que alguns insights significativos acontecessem durante este processo, garantindo à R.S. uma ressignificação de crenças, uma nova relação à conexão corpo- mente e uma ampliação das possibilidades frente aos novos planos de vida.

Agradeço a presença e determinação dessa coachee nesse processo. Desejo que esta experiência de sucesso sirva de exemplo para que outras mulheres do Quimioterapia e Beleza também se beneficiem deste trabalho voluntário e terapêutico que estamos desenvolvendo.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contato: crifmonteiro@gmail.com

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