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Olá pessoal! Ano novo, blog novo!

Após dois anos escrevendo neste blog, venho anunciar que este é o último post por aqui. Agora você poderá continuar a me seguir pelo meu novo blog: http://www.cristinamonteiro.com.br. Te vejo lá!

 

Até mais!

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Coach (Resiliência) e Instrutora de Mindfulness. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (controle do estresse). Ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome da sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contato: contato@cristinamonteiro.com.br

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Ano Novo: o que você deseja para além de si?

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Se cuidar de nós mesmos fosse suficiente, tudo seria bem diferente…

Certa vez acompanhei uma cerimônia de Rosh Hashaná num centro de Kabalah. Achei bastante interessante a experiência: um pouco antes, tivemos uma palestra em que o palestrante sugeriu que parássemos um pouco para pensar em alguns desejos para o ano seguinte e escrevêssemos num papel. Todos prontamente o fizeram. Pouco tempo depois ele disse que acreditava que todos esses desejos seriam realizados, mas ressaltou que os mesmos não poderiam ser individuais, tinham que ser universais. Todos reclamaram, pois estavam tentando acreditar que aqueles desejos individuais poderiam e precisariam ser realizados e não fazia tanto sentido em pensar em algo que não fosse “meus desejos”.

E assim caminha a humanidade, como dizia Lulu Santos, ou como desanda, tropeça…

Quanto se sabe a respeito de pessoas que tiveram seus desejos realizados e isso foi a porta de entrada para mais frustrações… O ser humano é muito complexo e acreditar que a satisfação de desejos é a solução é bastante ingênuo e falso. Não estou dizendo para não corrermos atrás de nossos sonhos, mas é preciso compreender que isso é apenas um lado da moeda. Quando a moeda gira, o outro lado vem nos mostrar que a vida tem surpresas e não se limita ao nosso reflexo.

Como mencionei no artigo anterior, temos toda uma estrutura cerebral e mental que visa a nos proteger das ameaças externas e que faz todo sentido existir, não fosse todo o sofrimento que ela carrega junto. Quanto mais acreditamos que precisamos de proteção, mais fechados nos tornamos, mais desconfiados, mais egoístas e, ao ver de muitos da sociedade, mais corretos (“cada um que cuide de si”). Acreditamos tanto nessa visão que podemos mesmo aceitar a ideia delirante de que somos separados do mundo, de que nada efetivamente nos afeta e que nossas ações podem até passar despercebidas.

Estava assistindo a um programa de jornal na televisão que mostrou um atendimento diferenciado a moradores de rua nesses dias de Natal. Ao entrevistarem um deles, bem idoso, ele disse que estava muito alegre, pois percebeu que se alguém ali o via, ele de fato existia. Isso é muito forte e verdadeiro: precisamos do outro para existir. E esse outro nos faz existir ao nos devolver a nós mesmos e possibilitar a nossa construção nessa relação.

Para podermos ter relações saudáveis, o ideal é que não estejamos vivendo ameaças e medos à flor da pele. É preciso que façamos nosso próprio holding (acolhimento) diário, darmos conta de nossas angústias, para que os outros não sejam o palco dos nossos sofrimentos e nossas decepções, para que seja possível tolerar a si mesmo e, consequentemente, as relações. Ao termos essa atitude de autocompaixão, é possível estabelecer compaixão pelos outros e ver que o mundo vai além dos “meus desejos”.

Mas seria ainda mais desafiador se conseguíssemos ser altruístas e compassivos mesmo em situações de sofrimento. Até porque, se esperarmos estar sempre “quites” com nós mesmos, talvez a consideração pelo outro nunca surja. Então que tal transformar essa condição faltante (essa falta, esse vazio interior), que nós é própria, em entrega? Que tal olharmos para o outro naquilo que nos torna comum, e não apenas olhar para as diferenças, que nos levam a julgar em melhor e pior?

Ao olharmos para o que nos torna COMUM, somos passíveis de COMUNicação, de troca, de fazer-se em diversos ambientes, de movimentar sofrimentos e alegrias com leveza, de conhecer abertamente, curiosamente, sem desconfianças… E assim existe vida, e podem existir novos futuros e presentes verdadeiros.

SEJA. É isso que eu desejo a você neste momento de passagem. Feliz 2018!

 

Referência:

BIAGGI, M.B. Compaixão: quando o amor incondicional pode mudar as vidas de todos. Disponível em: <https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2017/12/24/noticias-saude,218975/compaixao-quando-o-amor-incondicional-pode-mudar-as-vidas-de-todos.shtml&gt;

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga Clínica, Psicopedagoga, Coach (Resiliência) e Instrutora de Mindfulness. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (controle do estresse). Ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome da sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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Culpa: como lidar com a essa prisão

A base da compaixão é a compaixão por si mesmo.

Pema Chodron

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Comentário sobre o filme: Assassinato no Expresso do Oriente

O “Assassinato no Expresso do Oriente”, uma narrativa de Agatha Christie, é um filme que traz uma reflexão que eu gostaria de abordar. Ele comenta uma situação em que ocorre um crime em que todos se sentem culpados. Numa situação em que todos são culpados, estamos entre duas opções: ou todos de fato mataram, cada um à sua maneira, ou, se não for isso, não há como definir culpados.

Saindo da questão “lógica” e indo para um olhar mais reflexivo, percebemos que, no íntimo, todos se sentiam culpados de alguma forma. E isso é algo que se estende à nossa vida: nós carregamos pesos, culpas, dores, mágoas, enfim, vivemos carregados de sofrimentos que nós mesmos causamos. Sofrimentos que estão além daquilo que de fato aconteceu, mas que vêm numa sobrecarga desgastante e que nos sufoca ao longo da vida.

No entanto, em determinado momento do filme esta questão reflexiva é revelada e todos se dão conta do peso que carregam. E, ao mesmo tempo, são libertos para novas chances.

Se sentimos culpa, é porque tememos magoar e perder o outro e, portanto, o outro importa em nossas vidas. Se o outro importa, podemos falar em empatia. Por outro lado, o excesso de culpa nos mantêm curvados, cegos para nós mesmos e para o mundo. Ele faz com que acreditemos que a nossa dor é maior do que a dor alheia, que o nosso problema é grande demais e ainda que não somos merecedores do novas chances. Tornamo-nos verdadeiros prisioneiros de nosso sofrimento e muitas vezes nos identificamos cegamente com a postura de vitimização a que nos submetemos.

 

Por que nos autoflagelamos?

Vale considerar que o sofrimento não é abstrato ou conceitual, ele é corporificado, ou seja, é sentido no corpo e age por meio de mecanismos corporais.

Além disso, o cerébro é atraído por más notícias, apresenta sensibilidade pois são as experiências negativas, que normalmente têm mais impacto na sobrevivência. “As experiências ruins criam círculos viciosos, tornando a pessoa pessimista, reativa e inclinada a se ver de maneira negativa” (HANSON, 2012).

 

Dê a si mesmo novas chances

Nossa vida é como um dia comum: ela chega ao fim sem que tenhamos terminado de fazer tudo o que havíamos planejado, ela é guiada muito mais por nossas crenças e valores do que pelo acaso, porque ela é uma reprodução daquilo que criamos em nossa mente.

Ao final do dia, você pode avaliar o que fez, o que deixou de fazer, o que foi possível cumprir com o planejado, o que foi casual, o que vale a pena ser mantido e o que não. E dar por encerrado estando quite com você mesmo, ainda que não esteja do jeito como você imaginou.

É importante equilibrar seu dia ao estar no controle do que realmente coincide com seus valores e crenças, àquilo que é importante para você, considerando a importância de deixar um espaço para as questões circunstanciais (o bate-papo presencial ou no whattsapp) e urgentes que emergirem (o real inesperado).

 

Mindfulness (atenção plena): uma experiência aplicada

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Segundo a obra O cérebro de Buda, ao longo da evolução foram criadas estratégias de sobrevivência que podem nos ser úteis até hoje:

  • Criar diferenciações – estabelecer limites entre si e o mundo;
  • Manter estabilidade – manter os sistemas físico e mental em equilíbrio;
  • Abrir-se a oportunidades e fugir de ameaças – desenvolver recursos para estar apto ao que visa dar continuidade à vida e à espécie, bem como resistir àquilo que ameaça.

 

Quem já fez meu curso, poderá identificar na explicação acima a estratégia da meditação da ampulheta: três estágios:

  • Pele para dentro – verificação dos limites entre si e o mundo, percepção corporal;
  • Respiração – foco na inspiração e na expiração, buscando estabilidade;
  • Pele para fora – retomar o contato com o externo, abrir-se para o novo momento.

 

Quanto mais habilidosos somos em lidar com nossa mente e com nosso cérebro, mais perto chegamos de trilhar um caminho melhor em nossas vidas. Entender o sofrimento e a culpa é o caminho para aprender a lidar com eles e trilhar uma vida significativa.

 

Referência:

HANSON, Rick. O cérebro de Buda: neurociência prática para a felicidade. 1. ed. São Paulo: Alaúde Editorial, 2012.

 

Grande abraço,

 

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A importância do grupo nos programas de Mindfulness – Atenção Plena

Viver o aqui e agora é possível a partir do ato radical de confiança e fé em si mesmo.

 

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Com os participantes da ESAF

 

Nos últimos meses, de outubro a dezembro, desenvolvi programas de Mindfulness – Atenção Plena – Como se flexibilizar diante do stress em duas organizações: Sindifisco Nacional e ESAF (Escola de Administração Fazendária).

Nesse programa de oito encontros eu trabalho o desenvolvimento do grupo: não foco apenas na transmissão de conhecimento sobre mindfulness, mas abordo outros temas relacionados ao estresse, tais como resiliência, comunicação não-violenta e inteligência emocional. Este treinamento é presencial e a força do grupo nos ajuda a compreender as nossas vulnerabilidades de maneira compassiva, serena e social, de modo a questionar nossas crenças como crenças, e não como verdades absolutas. A sinergia do grupo cria um elo de confiança e segurança que reestabelece os nossos elos internos de confiança e segurança básicos, formados nos nossos primórdios.

Além disso, o treino em atenção plena nos permite viver a leveza do aqui e agora com determinação pelo processo, mas sem a importância no resultado final. E, deste modo, prestamos atenção ao contínuo mental (sucessão continuada de pensamentos, sentimentos, sensações e emoções) e controlamos de modo saudável quando adentramos em padrões mentais negativos que nos levam à espiral do esgotamento emocional.

Ter controle mental é bastante diferente dos demais controles a que estamos acostumados. O controle mental se sustenta  na vigilância (atenção plena) e contínua lembrança (da importância de deixarmos a mente estável, leve e positiva) para conseguirmos impedir o quanto antes a emergência de padrões mentais negativos e destrutivos e nos tornarmos vítimas de nossas emoções.

Assim, é possível sustentar a mente em objetos desejados e aliviá-la de outros de modo leve, como numa dança. Para conseguirmos aprender esta dança, temos que ter por foco o desapego de nossos padrões mentais mais constantes (nossas “verdades”) e estar com foco naquilo que buscamos (mente serena, estável e positiva), acreditando nessa nova possibilidade até que ela se concretize. E, a partir desse “abrir mão”, o novo surge para que possamos fazer escolhas reais, fora do automatismo cotidiano.

 

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Com os participantes do Sindifisco

 

Agradeço imensamente ter ministrado esses treinamentos e que muitas possibilidades novas surjam no aqui e agora desses participantes empenhados e renovados!

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga Clínica, Psicopedagoga, Coach (Resiliência) e Instrutora de Mindfulness. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (controle do estresse). Ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome da sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

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Os significados que atribuímos ditam nosso estilo de vida

É preciso mudar a mente sobre o estresse para mudar o modo como se reage a ele.

 

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Um novo olhar sobre o estresse

O que acredito ser interessante destacar hoje é que, assim como não acredito em endeusamentos (nada surge para nos salvar de todos os males), também não acredito em grandes vilões (que vêm para nos destruir inteiramente). E aqui temos uma reflexão que nos convida a pensar um pouco sobre os efeitos que cada estímulo provoca em nós de acordo com a nossa seletividade, com o modo como encaramos as situações.

Nós traduzimos as mensagens que captamos do mundo à nossa linguagem. Assim, de acordo com a teoria cognitiva que tem por base nossas crenças, se vivenciarmos o estresse como algo ruim, seus efeitos em nosso corpo serão devastadores. Por outro lado, se o vivenciarmos como algo útil à nossa performance, ele se torna um combustível na direção que queremos seguir (seu corpo acredita em você e dá uma resposta saudável).

A psicóloga e pesquisadora Kelly McGonigal transformou suas pesquisas sobre os efeitos do estresse em estratégias para saúde, felicidade e sucesso pessoal. Assim como ela, muitos de nós já ouvimos falar extensivamente sobre os malefícios do estresse para a nossa saúde – visto como o grande vilão, responsável por doenças cardiovasculares, por aumento de óbitos, por acabar com a vida de muitas pessoas que se dedicam excessivamente ao trabalho. No entanto, ela nos destaca um novo olhar para o estresse: com a liberação do hormônio da ocitocina que nos leva a ter um caráter social, motivando-nos a procurar apoio e suporte naqueles que se importam conosco. Ao mesmo tempo em que a ocitocina protege o sistema cardiovascular dos efeitos do estresse, auxiliando na regeneração das células, é por meio da coragem que desenvolve a nossa resiliência ao nos importarmos com nós mesmos e com os outros, fortalecendo nossa conexão com nossa rede de apoio (caráter social da resiliência).

 

Mindfulness: é preciso estar aliado à inteligência emocional

Nessa mesma linha de raciocínio, Goleman e Lippincott desenvolvem um artigo crítico no qual questionam o endeusamento do mindfulness nos dias atuais. Segundo eles, esta técnica tornou-se alvo de muitas expectativas irreais nas empresas, que buscam respostas mágicos para soluções complexas.

No entanto, de fato, com a prática constante e disciplinada de mindfulness, é possível desenvolver autoconhecimento e senso de liderança tanto almejados, desde que sejam possíveis de desenvolver as habilidades emocionais daquele que o pratica. Somado a isso, outras técnicas podem e devem servir de apoio aos líderes. O segredo aqui também perpassa a intenção daquele que o pratica e os resultados benéficos em termos de resiliência para o indivíduo e para aqueles com quem convive.

Onde ambas as visões coincidem

Em síntese, ambas as visões vêm nos mostras que é preciso darmos a nós mesmos a mensagem de que é possível confiar em si mesmo para enfrentar a vida e de que não há nada mágico que virá nos resolver ou nos deteriorar, bem como esse enfrentamento  não precisa ser solitário.

Vale mencionar também a importância de repensarmos o principal foco da nossa vida: aquilo que lhe confere real significado, e aprender a lidar com os estresses que virão em seguida. Prepare sua membrana seletiva, sem paraquedas interno. Não deixe para fazê-lo quando estiver em queda livre.

 

Referências:

 

MCGONIGAL, K. Como fazer do estresse um amigo. Disponível em: <https://www.ted.com/talks/kelly_mcgonigal_how_to_make_stress_your_friend?language=pt-br#t-852867&gt;, acesso em 22/11/2017.

 

GOLEMAN, D. e LIPPINCOTT, M. Without Emocional Intelligence, Mindfulness doesn’t work. Disponível em: <https://hbr.org/2017/09/sgc-what-really-makes-mindfulness-work&gt;, acesso em 23/11/2017.

 

Grande abraço,

 

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Mais meditação, menos medicação

Num mundo extremamente imediatista em que até a nossa saúde é vista como algo “mágico”, que precisa ser “resolvida” o quanto antes, é preciso repensar quais as alternativas que buscamos para aliviar e tratar nosso sofrimento mental.

Em comparação com efeitos medicamentosos, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) se baseia em treinar novos modos de lidar com os pensamentos sem cair na depressão. O foco foi a observação de emoções, pensamentos e comportamentos em relação a sintomas como a ruminação, bastante prejudiciais. Assim, observou-se que com a psicoterapia, a taxa de recaída da depressão diminui – o que não acontece com a interrupção da medicação – porque são quebradas as “cadeias da doença”, ou seja, os “padrões mentais” responsáveis para o acionamento dos sintomas.

Os padrões mentais são responsáveis por criar realidades, e isso pode ser observado, por exemplo, na diferença de comportamento entre o experienciar a tristeza em pessoas que nunca tiveram depressão e nas que são depressivas (ou já tiveram alguns episódios de depressão) – essas últimas vivem intensamente a tristeza mesmo nas situações mais brandas.

A conclusão, portanto, é que as pessoas que apresentam depressão precisam criar e experienciar novos padrões mentais.

Dentre os principais autores mencionados no texto estão: Segal, John Teasdale e Mark Williams, que se focaram no estudo da tomada de consciência a partir das quebras de conexão cerebrais. Além disso, criaram uma conexão entre o mindfulness e a terapia cognitivo-comportamental (MBCT – Mindfulness Based on Cognitive Therapy) que, por meio da consciência amigável e do treino da respiração ajudavam as pessoas a estarem presentes momento após momento, reconectando-se. Os resultados de suas pesquisas foram de uma redução considerável das recaídas em pessoas que experimentavam a MBCT em relação àquelas que estavam fazendo apenas uso de medicação. Isso ocorre porque os treinos mentais atuam na plasticidade cerebral, fato que foi comprovado com a mudança ocasionada pela meditação na alteração dos circuitos cerebrais por meio de exames de imagem do cérebro.

O mais surpreendente, no entanto, foi reconhecer que a TCC e os medicamentos anti-depressivos, ambos produzem resultados positivos no caso da depressão, porém têm efeitos diferenciados no cérebro. O que acontece é que este responde diferentemente a cada um desses estímulos: no caso da TCC, diminuem as atividades do córtex frontal (que atuam na análise e interpretação) e aumenta-se as do hipocampo e amígdala (ligadas à compaixão). Tais reações são opostas às obtidas com o uso de medicamentos.

Ocorre, pois, uma mudança de padrão cerebral, além da criação de novos padrões de aprendizagem. Além disso, existem os efeitos colaterais dos medicamentos antidepressivos, como a demora em fazer efeito e o fato de muitas vezes causarem dependência. Assim, responde-se de maneiras diferentes a esses estímulos de cura, porque eles estimulam regiões diferentes do cérebro e, portanto, apresentam consequências singulares para cada atuação.

A importância do treino em MBCT é, pois, a retomada da autonomia do processo mental, a diminuição da ruminação de pensamentos (que nos leva à espiral de emoções negativas) e o desenvolvimento do novo foco de vida (o outro, o mundo) ao invés da visão autocentrada, que prevalece bastante em pessoas com depressão.

 

REFERÊNCIA:

BEGLEY, Sharon. Train Your Mind, Change Your Brain. Excerto: Mind over Matter – págs. 141-150.

 

MACKENZIE, Meagan e KOCOVSKI, Nancy. Mindfulness-based cognitive therapy for depression: trend and developments. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4876939/&gt;, acesso em 07.11.2017.

 

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Determinação: é preciso suportar o vazio para chegar lá

vazio

Já dizia Rubem Alves:

“A vida precisa do vazio:
a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas.
A maioria acha o contrário; pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar.
São umas chatas quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade…”

 

Determinação como chave para o sucesso

No vídeo do TEDex: “A chave para o sucesso? A determinação”, , a psicóloga Angela Lee Duckworth defende que a grande chave para o sucesso consiste na determinação. Segundo ela:

“Determinação é paixão e perseverança em objetivos de longuíssimo prazo. Determinação é ter resistência. Determinação é agarrar seu futuro, dia após dia, não apenas por uma semana ou apenas por um mês, mas por anos, e trabalhar bastante, para tornar real este futuro. Determinação é viver a vida como uma maratona, não como uma simples corrida.”

Ela comenta que sabemos muito pouco sobre determinação, a Ciência sabe muito pouco sobre como gerá-la. E o mais intrigante: a determinação não está relacionada ou está inversamente relacionada com o grau de talento. E complementa que o que ela sabe de melhor sobre como gerar determinação foi algo chamado “mentalidade de crescimento”, termo desenvolvido na Universidade de Standford por Carol Dweck, e que consiste na crença de que a capacidade de aprendizado não é rígida, que ela pode mudar com seu esforço. Segundo esta pesquisadora, quando os alunos passam a saber sobre a plasticidade cerebral (como o cérebro se modifica e cresce em resposta a desafios), é bem mais provável que eles perseveram quando falharem (eles se tornam tolerantes à falha porque não acreditam que a falha seja uma situação permanente).

Então, conclui que a mentalidade de crescimento é uma boa maneira de gerar determinação. Mas acredita que é precisamos ir além: usar nossas melhores ideias, nossas intuições mais fortes, e precisamos testá-las: precisamos mensurar se tivemos sucesso, e precisamos estar dispostos a falhar, a errar, a começar de novo com as lições aprendidas. Em outras palavras, precisamos estar determinados a tornar nossos alunos mais determinados.

 

Otimistas: determinação e perseverança

E aqui eu me aproprio das palavras do filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, que comenta que este trabalho de persistir é um trabalho dos otimistas que, como ele, não se negam a tentar e não desistem, como os pessimistas costumam comodamente fazer.

 

O que tudo isso tem a ver com o vazio?

A partir da crença de que nada está dado e de que as coisas são possíveis e instáveis (não fixas), podemos criar, sonhar, testar e realizar até concretizar, desde que tenhamos sonhos e uma crença básica na vida e em nós mesmos. Tudo começa na nossa mente. E a vida é a base para a construção e concretização daquilo que almejamos.

 

Referências:

ALVES, Rubem. A vida precisa do vazio. Disponível em: <https://www.pensador.com/frase/NTkzMDUz/&gt;, acesso em 03/11/2017.

 

DUCKWORTH, Angela Lee: A chave para o sucesso? A determinação. Disponível em: <https://www.ted.com/talks/angela_lee_duckworth_grit_the_power_of_passion_and_perseverance?language=pt-br, acesso em 03/11/2017.

 

CORTELLA, Mário Sérgio. Otimista vs Pessimista. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7mZkNxNz7pA&vl=pt&gt;, acesso em 03/11/2017.

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Memórias de uma Roda de Conversa

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Ontem, 26 de outubro de 2017, tive a honra de ser convidada a falar sobre bullying, um tema tão atual, numa Roda de Conversa que abrangeria temas abordados por outros professores – bullying, homofobia, racismo e machismo – na faculdade ESAMC (Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação), uma das 50 melhores instituições de ensino superior do Brasil.

Primeiramente esclareci que o bullying é uma situação específica de agressão que ocorre entre pares (pessoas da mesma idade, ou idades próximas), e que envolve uma relação de poder entre quem pratica a ação, quem a sofre, e ainda é suportada na presença de quem assiste e compactua com a cena.

Comentei sobre as variáveis envolvidas em uma cena de bullying: tudo começa com o fato de nos sentirmos separados (desconectados) e, a partir disso, dividirmos o mundo entre aquilo que gostamos e o que não gostamos. Com o aumento da expressividade nas redes sociais virtuais – hoje em dia todos temos que ter opinião formada sobre tudo – a questão do ódio se evidencia com mais nitidez, além de sermos apoiados por nossos semelhantes (nossa timeline é formada por aqueles que pensam como nós). Essa intolerância ao diferente conduz-nos facilmente à violência.

Além disso, nossa desconexão atingiu um grau tão alto que pouco nos compreendemos como parte de um todo, além de estarmos repletos de um “narcisismo inflado” que nos impede de ver o outro como tal. Esses dois comportamentos – tratar com agressão ou com negligência – são as bases para uma sociedade doente: sem empatia e sem consideração pelas vidas ao redor.

O psicanalista Heraldo Tovani ressalta em sua reflexão que toda sociedade é composta por indivíduos que, simultaneamente, exercem e sofrem ações sociais, ou seja, a sociedade faz o indivíduo que faz a sociedade. Assim, o ódio enquanto um sentimento individual, quando compartilhado em larga escala, torna-se um fenômeno social, um sintoma, no indivíduo ou no grupo, da doença da sociedade.

Esse mesmo autor menciona Jacques Lacan, que aproxima o conceito do ódio ao mito de Kakón. Em Hesíodo, Pandora aparece descrita como Kalón Kakón (o Mal). Pandora é a bela mulher enviada por Zeus que abriu a caixa de onde saíram todos os males da humanidade. Somado a isso, o caso Aimée (paciente de Lacan que atacou uma atriz num teatro de Paris) nos traz mais uma evidência:

“Lacan desenvolve que ‘a mesma imagem que representa seu ideal é também o objeto de seu ódio’, uma vez que a paciente era, ela também, aspirante às artes, com sua pretensão à literatura. Os diversos aspectos de sua vida alucinada que fantasiava delírios de perseguição e perigos despertava o ódio a si que ela projetou em sua vítima” (TOVANI).

Aimée decide matar uma pessoa inocente, mas na qual via o símbolo do inimigo interior. Kakón é visto por Lacan como o monstro que reflete no outro o mal que há em si. Assim, ao não darmos conta de confortar nossas angústias, projetamo-las e atacamos o outro, acreditando ser ele o principal problema, a causa do nosso sofrimento: estamos, na realidade, atacando a nós mesmos.

Discutimos na roda a comunicação e a arte como possibilidades saudáveis de reconstrução social, mas também como palco de expressões de influência política, cultural e social (propagandas).

Segundo a psicanalista Gabriela Costardi, “a arte nos permite experimentar a própria noção de que nossos códigos são construídos e, portanto, ainda que sejam necessários, não são estáticos. Nesse sentido, um de seus importantes modos de operação é justamente reapresentar um objeto fora das relações que o sustentam usualmente”. Assim, o espaço da arte, segundo Lacan, permite-nos acessar o que está interditado a partir de um lugar novo. No entanto, a autora comenta em seu artigo a perversidade contida na situação ocorrida recentemente no museu do MASP, em São Paulo, no que tange à divulgação não autorizada das imagens da criança e o uso político das mesmas, enquanto uma questão a ser notada.

Compreender tais nuances é verificar com profundidade a raiz de todos os nossos sofrimentos. Já dizia Terezinha Rios,, em sua palestra no RD Summit 2017, que olhar a raiz – o radical – é ter uma visão crítica sobre a vida em sociedade. Não dá para apenas lermos e acompanharmos os noticiários simplesmente acreditando naquilo que nos é dito. É preciso refletir. Esta educadora ressaltou: “em quantas coisas invisíveis não temos reparado?”

É preciso parar e reparar: olhar. Ver de fato: ver para ser visto e se reconhecer. Existir e garantir a existência alheia, num movimento social saudável e vivo.

 

Referências:

COSTARDI, Gabriela. Sobre o uso político do tabu sexual no contexto de “La bête”, disponível em: <https://jornalggn.com.br/noticia/sobre-o-uso-politico-do-tabu-sexual-no-contexto-de-%E2%80%9Cla-bete%E2%80%9D-por-gabriela-costardi

TOVANI, Heraldo. Que ódio é esse? Disponível em:<https://www.brasil247.com/pt/colunistas/geral/323930/Que-%C3%B3dio-%C3%A9-esse.htm&gt;

 

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Somos essencialmente altruístas ou egoístas?

a_revolucao_altruismo

Este documentário trata de inúmeras pesquisas realizadas e que comprovam que essencialmente somos altruístas: estamos aptos a ajudar outras pessoas e nos sentimos bem com isso. O que ocorre é que muitas vezes, por questões sociais e educacionais, acabamos por aprender a nos tornar egoístas e acreditar que este caminho é mais seguro.

Se pararmos para pensar um pouco, costumamos dar mais atenção a comentários que começam com “cuidado”, “não deixe que…” do que com aqueles que são positivos. A vida adulta nos faz temer, ser cauteloso, desconfiar, muito mais do que éramos quando éramos crianças pequenas. E se isso pode ser visto como necessário, também pode ser muito doentio.

Quanto mais nos tornamos e nos vemos separados do mundo, mais temos a concepção de que precisamos nos proteger. A partir dessa ideia de separação, classificamos aquilo que vemos em: “gosto”, “não gosto” e “neutro”. Segundo este documentário, essa é a principal raiz de todos os males que vivemos, porque aí o diferente é visto como algo a ser evitado e quiçá destruído, enquanto nos mantemos “fiéis” aos semelhantes, que aparentemente sempre nos protege.

O que vivemos hoje mostra muito essa noção de falsa proteção. Vemos hoje uma infinidade de pessoas que focam estritamente em conseguir resultados para si – e são bastante ansiosas e workaholics -, bem como muitas outras que sofrem de depressão – por se sentirem muito diferentes, pouco adaptáveis e “desencaixadas” – ambas estão desconectadas da ideia de pertencimento social. Ambas vivem como se o que acontecesse no mundo independesse delas. Perdem a noção de que são parte de um todo e de que os fenômenos estão interligados, além de serem impermanentes e imprevisíveis.

E quem hoje não se vê, pelo menos em algum aspecto, em algum desses extremos: ansiedade ou depressão?

Estamos todos concentrados nas extremidades da gangorra da vida. Ao chegarmos perto do centro, poderíamos viver o equilíbrio, não apenas internamente, mas teríamos a experiência da equanimidade, aparentemente ilusória e quimérica, muito mais real do que a percepção que criamos da vida, de nós mesmos e dos outros. Conseguiríamos reconhecer que a vida plena vai muito além do “gosto”, “não gosto” e “neutro”. Vai muito além dos sete pecados capitais que nos aprisionam e nos apequenam.

A vida plena começa com eu sou/estou. Ela não exclui, não avalia, não qualifica. Encontramos o real significado da vida no servir, no entregar-se, no não esperar em troca… Estamos ali, vivendo a experiência, reconhecendo o outro na sua essência, tal como é a nossa. Aí sim está o real significado da vida. E como reencontrá-lo?

Ao reconhecer que temos responsabilidade por outras pessoas e como temos ignorado essa responsabilidade pela maior parte de nossas vidas, como o caso de Sam Polk, apresentado no filme, o milionário que repensou a vida e redirecionou suas ações para uma vida realmente significativa.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contato: crifmonteiro@gmail.com

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Encontre novas formas de encarar as dificuldades

Aproveito o momento para expor o depoimento de uma coachee num processo de coaching que tive este ano. Apresento como ela aprendeu a repensar o modo de encarar a vida. Comparando-o ao boxe, ela percebeu que nem sempre devemos ir de frente (direto), muitas vezes é melhor pensar em outros caminhos, outras alternativas (como o jab).

Este tipo de depoimento me deixa bastante satisfeita. Eu percebo que os coachees de fato percebem o que faz diferença na vida deles é o modo como eles encaram a vida. Inicialmente, reconhecendo que o outro não vai te dar respostas, mas ajudar a encontrá-las. Posteriormente, percebendo que as respostas estão sim dentro de si e este processo é um grande facilitador.

A empatia e a confiança são elementos-chave no processo de coaching: um processo de vitórias e novas oportunidades.

 

A seguir, o depoimento da minha coachee B.G. relatando as principais conquistas:

boxe-feminino

Consegui trabalhar a força do pensamento, aprender com as perguntas, o fortalecimento emocional me deu coragem para enfrentamento. “Nada como o dia a dia. Lidar com as situações difíceis que a vida nos coloca, como: solidão, stress, baixa auto-estima etc.”.

Estava buscando alguma coisa para que eu pudesse continuar a caminhar. E foi algo totalmente diferente do que eu imaginava. As respostas estavam dentro de mim: encontrei alternativas que me ajudaram a lidar com os momentos, sem bater de frente, esquivando, pensando e achando soluções, ludibriando (como o jab e o direto no boxe). Nem sempre o “direto” vai te fazer vencedora. Fortaleceu também minha parte espiritual e encontro soluções no meu caminho, na minha jornada. Sei que falta muito, mas estou começando. Valeu a pena. Oportunidade de continuar eu quero.

A Cris é uma companhia agradável, tranquila, tem boa energia, me deu segurança e eu pude falar muitas coisas que eu nem imaginava. Foi um verdadeiro desabafo: alternativas para soluções me fizeram bem no momento mais crítico da minha vida. Busquei em você uma ajuda mútua (para a empresa e para mim): como me separar da empresa, e ainda lidar com a família e a situação financeira.

Valeu muito a pena, tanto que eu quis continuar, porque é uma ajuda profissional. Como indicação de trabalho psicológico é muito válido. Estava perdida e veio na hora certa.

Para mim, estar resiliente hoje é estar mais segura dos meus atos: consigo interagir mais, passar mais confiança para os outros. Percebi que boas perguntas são melhores que respostas, e você mesmo consegue achar as respostas. Eu recomendaria esse processo pois acho muito importante as pessoas aprenderem a lidar com as emoções e o coaching faz isso.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contato: crifmonteiro@gmail.com

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